terça-feira, 25 de setembro de 2018

ERNANI VOLPE DEDICOU SUA VIDA AO ESPORTE DE ARARAQUARA




Muito mais que um árbitro de futebol competente, Ernani Salvador Volpe foi um esportista admirável que se empenhou a vida toda para o benefício do esporte araraquarense.

Participou de arbitragens importantes, como a do jogo inaugural do Estádio da Fonte Luminosa, dia 10 de junho de 1951, quando foi auxiliar do árbitro carioca Alberto da Gama Malcher, juntamente com seu irmão, Rolando Volpe. Jogaram, naquela oportunidade, Ferroviária e Vasco da Gama.

No futebol da cidade, bem como no regional, Ernani dirigiu partidas de relevância, muitas delas, decisivas.

Colaborou com inúmeras promoções da ACEA (Associação dos Cronistas Esportivos de Araraquara), apitando jogos da categoria infantil “dente de leite” sem a cobrança de taxa de arbitragem. 

Encerrando suas atividades como árbitro – depois de longa e vitoriosa carreira –, Ernani Volpe continuou nas lides esportivas, como dirigente da LAF (Liga Araraquarense de Futebol) e também como delegado da presidência.

Vicente Baroffaldi com  Ernani Volpe 


MINHA EXPERIÊNCIA COM ERNANI

Impossível deixar de escrever na primeira pessoa para clarear bem a condição que mantive de parceiro do Ernani, notadamente no ano de 1979 (quando o então presidente da LAF, Roldão Prisco dos Santos, se afastou do cargo e o vice-presidente, Omar de Souza e Silva, batalhou muito, junto aos clubes amadores, para conseguir a retirada de recursos que impossibilitavam a realização do turno final do Amadorzão). A parte burocrática da entidade foi desenvolvida através do esforço conjugado de poucos esportistas, dentre os quais pontificou Ernani Volpe com sua “volúpia” pelo trabalho.

Ernani foi, disparado, meu mais frequente parceiro durante os dois anos (1980 e 1981) em que tive a responsabilidade de presidir a LAF. Fazia tudo com um entusiasmo de jovem; amava o que fazia. Comparecia todas as noites (de segunda a sexta) à sede da Liga (na Pe. Duarte com a São Paulo) e se dedicava demais. Durante muitos anos, o magrinho dinâmico, ou magrinho elétrico, esteve a serviço do esporte.

Elogiar Ernani é fácil, pela proficiência de suas ações no esporte, mas ao mesmo tempo se torna difícil traçar um painel da extensa folha de serviços por ele prestados.

Esta matéria, superficial em se tratando de falar sobre Ernani Salvador Volpe, serve antes de tudo para reverenciar um esportista batalhador que trabalhou com muito amor e aplicação. Um abnegado, inegavelmente.

Então, cumpro com enorme satisfação o dever de registrar este preito de gratidão e reconhecimento pela oportunidade que me foi dada de ser parceiro de Ernani.

Ernani Volpe, Vicente Baroffaldi e Mazinho


DONA ALZIRA, FILHOS, PARENTES, PIO

Ernani falava frequentemente, com carinho e afeto, de sua esposa, D. Alzira. Orgulhava-se dos filhos, um deles, o Hugo, atleta.

Falava sempre do Paraguaio e do Moacir, seus parentes. E dava ares de muita importância a cada menção que fazia do sobrinho famoso: Osmar Alberto Volpe, o Pio.


Uma foto das mais antigas, antecedendo o início de uma partida, aparecendo o magrinho elétrico Ernani Salvador Volpi (segundo à esquerda), Djalma Bonini, o Picolim, mais ao centro, e Bento dos Santos, o popular Bento Vaca, segundo à direita. Árbitros e jogadores reunidos no centro do gramado.


HOMENAGEM 

Pelos relevantes serviços prestados à comunidade esportiva de Araraquara, Ernani teve o seu nome perpetuado em um lugar público da cidade: a Praça Área de Lazer Ernani Salvador Volpe, localizada entre as Ruas Dr. Lázaro Luís Zamenhof e Dr. José Geraldo Velloce e com as Avenidas José Roberto Fiori e Brito Martins Caldeira, no Jardim Iedda. Uma homenagem muito merecida.

Fafau, Gaminha, José Rubens Libuti, Vicente Baroffaldi, Ernani Volpe e Tisuda


Fonte:
Arquivo de “Ferroviária em Campo”
Fotos: O Diário; Sala do Paschoal; Revista Olé.

Pesquisa, elaboração e edição: VICENTE HENRIQUE BAROFFALDI e PAULO LUÍS MICALI

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