O facebook “Ferroviária em
Campo” já apresentou a narração do locutor esportivo WILSON LUIZ, na qual ele
chega a chorar ao presenciar uma verdadeira batalha campal na cidade de
Marília.
Foi por ocasião de um jogo
entre Marília e Ferroviária, pelo Paulistinha de 1972, quando a sorte dos dois
times estava sendo decidida quanto à classificação para o Paulistão de 1973.
Ao término do jogo, houve
uma briga generalizada envolvendo jogadores, dirigentes, torcedores e
policiais, que resultou em muitas fraturas.
É sempre interessante
conhecer a versão do outro lado. “Ferroviária em Campo” localizou em um blog (http://jogosdomariliaac.blogspot.com.br)
o relato dos acontecimentos condenáveis do dia 13 de dezembro de 1972.
Vamos à transcrição:
“A
partida era decisiva para Marília e Ferroviária, pois ambos precisavam da
vitória para continuar com chances de acesso para o Paulistão. Segundo o relato
do Correio de Marília, nos minutos
finais da partida, quando o jogo estava 1 a 1, o Marília pressionava o
adversário em busca dos dois pontos e o árbitro Oscar Scolfaro terminou o jogo
40 segundos antes do tempo regulamentar. O fato gerou a revolta dos maqueanos.
Na
confusão com o juiz, o jogador Baiano, da Ferroviária, agrediu um diretor do
MAC e a torcida invadiu o gramado. A pancadaria foi generalizada entre:
jogadores, policiais e torcedores. Quando a polícia dispersou a multidão dentro
de campo, o tumulto continuou fora do estádio. Duas viaturas da PM foram
apedrejadas, além dos veículos das emissoras de rádio de Araraquara. O efetivo
da polícia era insuficiente para conter a pancadaria (70 homens) e o Corpo de
Bombeiros ajudou a dispersar as pessoas com esguichos de água, do carro-tanque. Bombas de efeito moral foram
utilizadas.
Saldo
da confusão: o técnico Carlos Alberto Silva, da Ferroviária, teve uma fratura
na perna e boa parte de seus jogadores também saíram machucados: Bebeto
(suspeita de fratura no crânio), Vagner (sutura na parte lateral do tronco),
Luizinho (corte no braço direito) e Lula (fraturou o braço). Da parte do MAC, o
técnico Afonso Vidal teve uma contusão na mão. Da diretoria, Pedro Pavão teve
uma fratura na mão esquerda e Roberto Cimino teve um corte na testa. Metade dos
policiais saiu ferido e o juiz nada sofreu.”
O blog comenta a
consequência dos fatos para o Marília:
“Pela
confusão no jogo contra a Ferroviária, a Federação Paulista de Futebol
interditou o Estádio Bento de Abreu por 30 dias. A punição começou a valer no
mesmo dia do julgamento e praticamente inexistiu, pois o primeiro jogo do MAC
no ano seguinte foi no dia 27 de janeiro e o Abreuzão já estava liberado.”
É também apresentada a ficha
técnica da partida:
21ª rodada – Marília 1 x 1
Ferroviária – Estádio Bento de Abreu (13/12/1972)
Marília –
Willian; Tim, Jurandir, Minuca e Henrique Pereira; Gesse e Roberto Pinto;
Toninho, Nei (Helinho), Itamar e Ivo. Técnico: Afonsinho
Ferroviária –
Sérgio; Baiano, Fernando, Ticão e Zé Carlos; Muri e Ademir; Luizinho, Zé Luiz
(Bebeto), Nicanor e Vagner. Técnico: Carlos Alberto Silva
Gols: Ivo, 40’/2º tempo,
Marília; Vagner, 22’/1º tempo, Ferroviária.
Árbitro: Oscar Scolfaro
Renda: Cr$ 49.022,00
Por último, é mostrada a
classificação final do Paulistinha de 1972, que qualificou seis times para o
Paulistão/73:
1º
- Ponte Preta, 30 pontos
2º
- América, 28
3º
- Juventus, 27
4º
- Botafogo, 26
5º
- Ferroviária, 25
6º
- São Bento, 25
7º - Comercial, 24
8º - Marília, 22
9º - Portuguesa Santista, 18
10º - XV de Piracicaba, 16
11º - Noroeste, 14
12º - Paulista, 9
Os seis primeiros colocados
do Paulistinha se classificaram para o Paulistão de 1973.
(A postagem no blog
jogosdomariliaac foi feita por Jorge Luiz Micheli da Silva.)
Elaboração e edição: Vicente Henrique Baroffaldi e Paulo Luís Micali
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