quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A BATALHA CAMPAL QUE FEZ O NARRADOR WILSON LUIZ CHORAR EM JOGO DA FERROVIÁRIA




O facebook “Ferroviária em Campo” já apresentou a narração do locutor esportivo WILSON LUIZ, na qual ele chega a chorar ao presenciar uma verdadeira batalha campal na cidade de Marília.

Foi por ocasião de um jogo entre Marília e Ferroviária, pelo Paulistinha de 1972, quando a sorte dos dois times estava sendo decidida quanto à classificação para o Paulistão de 1973.

Ao término do jogo, houve uma briga generalizada envolvendo jogadores, dirigentes, torcedores e policiais, que resultou em muitas fraturas.

É sempre interessante conhecer a versão do outro lado. “Ferroviária em Campo” localizou em um blog (http://jogosdomariliaac.blogspot.com.br) o relato dos acontecimentos condenáveis do dia 13 de dezembro de 1972.
Vamos à transcrição:

“A partida era decisiva para Marília e Ferroviária, pois ambos precisavam da vitória para continuar com chances de acesso para o Paulistão. Segundo o relato do Correio de Marília, nos minutos finais da partida, quando o jogo estava 1 a 1, o Marília pressionava o adversário em busca dos dois pontos e o árbitro Oscar Scolfaro terminou o jogo 40 segundos antes do tempo regulamentar. O fato gerou a revolta dos maqueanos.

Na confusão com o juiz, o jogador Baiano, da Ferroviária, agrediu um diretor do MAC e a torcida invadiu o gramado. A pancadaria foi generalizada entre: jogadores, policiais e torcedores. Quando a polícia dispersou a multidão dentro de campo, o tumulto continuou fora do estádio. Duas viaturas da PM foram apedrejadas, além dos veículos das emissoras de rádio de Araraquara. O efetivo da polícia era insuficiente para conter a pancadaria (70 homens) e o Corpo de Bombeiros ajudou a dispersar as pessoas com esguichos de água, do carro-tanque. Bombas de efeito moral foram utilizadas.

Saldo da confusão: o técnico Carlos Alberto Silva, da Ferroviária, teve uma fratura na perna e boa parte de seus jogadores também saíram machucados: Bebeto (suspeita de fratura no crânio), Vagner (sutura na parte lateral do tronco), Luizinho (corte no braço direito) e Lula (fraturou o braço). Da parte do MAC, o técnico Afonso Vidal teve uma contusão na mão. Da diretoria, Pedro Pavão teve uma fratura na mão esquerda e Roberto Cimino teve um corte na testa. Metade dos policiais saiu ferido e o juiz nada sofreu.”


O blog comenta a consequência dos fatos para o Marília:

“Pela confusão no jogo contra a Ferroviária, a Federação Paulista de Futebol interditou o Estádio Bento de Abreu por 30 dias. A punição começou a valer no mesmo dia do julgamento e praticamente inexistiu, pois o primeiro jogo do MAC no ano seguinte foi no dia 27 de janeiro e o Abreuzão já estava liberado.”


É também apresentada a ficha técnica da partida:

21ª rodada – Marília 1 x 1 Ferroviária – Estádio Bento de Abreu (13/12/1972)

Marília – Willian; Tim, Jurandir, Minuca e Henrique Pereira; Gesse e Roberto Pinto; Toninho, Nei (Helinho), Itamar e Ivo. Técnico: Afonsinho

Ferroviária – Sérgio; Baiano, Fernando, Ticão e Zé Carlos; Muri e Ademir; Luizinho, Zé Luiz (Bebeto), Nicanor e Vagner. Técnico: Carlos Alberto Silva

Gols: Ivo, 40’/2º tempo, Marília; Vagner, 22’/1º tempo, Ferroviária.

Árbitro: Oscar Scolfaro

Renda: Cr$ 49.022,00


Por último, é mostrada a classificação final do Paulistinha de 1972, que qualificou seis times para o Paulistão/73:

1º - Ponte Preta, 30 pontos

2º - América, 28

3º - Juventus, 27

4º - Botafogo, 26

5º - Ferroviária, 25

6º - São Bento, 25

7º - Comercial, 24

8º - Marília, 22

9º - Portuguesa Santista, 18

10º - XV de Piracicaba, 16

11º - Noroeste, 14

12º - Paulista, 9

Os seis primeiros colocados do Paulistinha se classificaram para o Paulistão de 1973.

(A postagem no blog jogosdomariliaac foi feita por Jorge Luiz Micheli da Silva.)


Elaboração e edição: Vicente Henrique Baroffaldi e Paulo Luís Micali

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