A Folha de S. Paulo do dia
15 de abril de 1971 deu grande destaque ao infausto acontecimento.
A tragédia envolveu
Araraquara e, especificamente, o mundo esportivo local.
Desde 1967 na Ferroviária, o
exemplar e eficiente guardião Carlos Alberto Alimári foi vítima de afogamento
nas águas do rio Mogi-Guaçu, numa segunda-feira em que jogadores, comissão
técnica e dirigentes da agremiação comemoravam a conquista do primeiro lugar ao
término do primeiro turno do Paulistinha de 1971.
No churrasco organizado para
festejar o feito dos afeanos, o goleiro Carlos Alberto, que não sabia nadar,
caiu da canoa e foi levado pelas águas.
A comoção tomou conta da
cidade, que viveu dias de angustiante expectativa até que o corpo do jovem
arqueiro de 27 anos fosse encontrado pelo Corpo de Bombeiros.
Dia 13 de outubro de 1971,
por volta de 23 horas e 15 minutos, foi encontrado o corpo. No dia seguinte, à
tarde, no Campo Grande, em São Paulo, foi feito o sepultamento. Centenas de
pessoas compareceram, incluindo profissionais e amadores da Ferroviária, além
de dirigentes, parentes e amigos. Ex-jogadores afeanos também marcaram
presença, como Pio (que defendia o Palmeiras) e Fogueira (atuando pela
Portuguesa). Fogueira chorou muito ao saber que o corpo do goleiro havia sido
encontrado; além de ex-companheiro de time, e grande amigo, ele era padrinho de
casamento de Carlos Alberto.
Seu último jogo pela
Ferroviária aconteceu no dia 10 de outubro de 1971, em Ribeirão Preto: Botafogo
1 x 3 Ferroviária.
Nos dois primeiros anos de
AFE, em 1967 e 1968, Carlos Alberto foi reserva de Machado. Nos três anos
subsequentes, 1969 a 1971, ganhou a titularidade.
Obs.: O recorte de jornal
aludido nesta matéria foi cedido a "Ferroviária em Campo" pelo amigo
esportista, torcedor fanático da Ferroviária, Paulo Celso Biasioli.
Elaboração e edição: Vicente Henrique Baroffaldi e Paulo Luís Micali
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