segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A VERDADEIRA DESPEDIDA DE SÉRGIO BERGANTIN




Amigos de Ferroviária em Campo, fomos induzidos ao erro quando, na elaboração do livro “Breviário Grená”, afirmamos que a despedida do goleiro Sérgio Bergantin se deu contra a Portuguesa de Desportos, no Campeonato Paulista de 1980, no dia 10 de agosto daquele ano.

Por que fomos induzidos ao erro?

Porque em nosso arquivo, na ficha do real jogo de despedida de Sérgio Luiz Bergantin, em 15 de março de 1981, contra o Botafogo de Ribeirão Preto, constava como goleiro da Ferroviária o nome Paulo Sérgio.

De onde tiramos tal informação? De três respeitáveis fontes: revista Placar, jornal Folha de S. Paulo e livro O Caminho da Bola (de Rubens Ribeiro).

Quem consultar referidas publicações irá ler, na escalação da AFE, o nome Paulo Sérgio como seu goleiro.

Portanto, ao levantarmos os dados de Sérgio Bergantin para homenageá-lo no livro, vimos, em nosso acervo, como última aparição de seu nome, a ficha de Ferroviária 3 x 3 Portuguesa de Desportos.


COMO SOUBEMOS DO ERRO COMETIDO?

Quem nos alertou sobre a incorreção do nosso texto no livro foi Alessandro Bocchi, solerte e antenado pesquisador da Ferroviária, um gabaritado jornalista que exibe todo o seu conhecimento como Monitor no Museu do Futebol e Esportes de Araraquara, associando ao saber uma lhaneza de trato pouco comum em nossos tempos.

Bocchi afirma que, após o prélio contra a Portuguesa de Desportos, no qual o guardião Sérgio não teve boa atuação, ele voltaria a vestir a jaqueta nº 1 em algumas partidas amistosas até ganhar de volta a titularidade no jogo contra o Botafogo-SP, em 15.03.1981.

Na ocasião, de volta ao time, Sérgio teve um desempenho muito bom, contribuindo com a vitória de 2 a 1 sobre o tricolor de Ribeirão Preto.




A DECISÃO DE SÉRGIO

A grande surpresa aconteceu na reapresentação do elenco, após o jogo do domingo, 15 de mar de 1981.

Sérgio Bergantin anunciou, então, que estava encerrando a carreira, para espanto geral. Afinal de contas, o guardião acabara de reconquistar a titularidade do time.

Sérgio Luiz Bergantin é o 5º jogador na história da Ferroviária, entre os que mais atuaram pelo clube, com 356 apresentações, atrás apenas de Bazani, Mauro Pastor, Cardoso e Fernando Paolilo.

Um profissional exemplar, Sérgio se identifica com a agremiação de Araraquara, nela tendo prestado serviços durante mais de uma década.


NOSSAS DESCULPAS

Através de “Ferroviária em Campo”, pedimos desculpas ao Sérgio e a todos os que receberam a informação equivocada de que sua despedida da Ferroviária foi contra a lusa, em 1980. Não; foi em 15.03.1981, em jogo válido pelo Campeonato Paulista, primeiro turno, fase preliminar.

Sérgio Bergantin foi um modelo de profissional competente e responsável, e ainda hoje está vinculado ao esporte, aplicando seus conhecimentos na Fundesport, sediado no Ginásio de Esportes (Gigantão) como professor de Educação Física.





OS ÚLTIMOS JOGOS DE SÉRGIO BERGANTIN PELA FERROVIÁRIA

Segundo o catedrático em assuntos versando sobre a Ferroviária de Araraquara, Alessandro Bocchi, eis a trajetória final do goleiro Sérgio:

10.08.1980 – Ferroviária 3 x 3 Portuguesa de Desportos (Sérgio falhou nos gols da lusa, sendo substituído, numa decisão do técnico Diede Lameiro, por Tião da Galera) – Jogo válido pelo Campeonato Paulista.

28.08.1980 – Saltense 0 x 1 Ferroviária – Amistoso. Técnico: Diede Lameiro.

27.11.1980 – Taubaté 0 x 0 Ferroviária – Amistoso. Técnico: Mazinho.

07.02.1981 – Barretos 1 x 2 Ferroviária – Amistoso. Técnico: Mazinho

15.02.1981 – Inter de Bebedouro 2 x 2 Ferroviária – Amistoso. Técnico: Mazinho.

19.02.1981 – CAT (Taquaritinga) 1 x 0 Ferroviária – Amistoso. Técnico: Mazinho

15.03.1981 – Ferroviária 2 x 1 Botafogo-SP – Campeonato Paulista. Técnico: Mazinho

 
Sérgio enverga a camisa da Seleção Paulista de Futebol
 (uniforme vermelho e preto) que excursionava pela Ásia, em 1976


Fonte: 

Alessandro Bocchi, jornalista especializado em Ferroviária de Araraquara.

Fotos: Que fim Levou? Milton Neves; Perfil Pessoal (Facebook) - Sérgio Bergantin e Internet.

Texto: Vicente Henrique Baroffaldi
Edição: Paulo Luís Micali


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