sexta-feira, 7 de novembro de 2014

PELÉ E SARTRE EM ARARAQUARA

 (Detalhe: no mesmo dia. Um se deu bem; o outro, não)




Araraquara teve o privilégio de receber, num mesmo dia, duas personalidades de primeiríssima linhagem, no esporte e no campo do pensamento. O astro de maior grandeza do futebol, Rei Pelé, em defesa do Santos F.C., em partida válida pelo Paulistão. E o renomado filósofo existencialista Jean-Paul Sartre, que conferenciou na Faculdade de Filosofia, onde hoje se situa a Casa da Cultura. Foi em 1960, e Araraquara engalanou-se para receber as distintas celebridades.



No tópico 38 de Acontecências (capítulo do livro Ferroviária em Campo – Breviário Grená), o tema foi apresentado da seguinte forma:


38 – PELÉ E SARTRE EM ARARAQUARA... NO MESMO DIA!

Pelé
Sartre
Uma data para ser lembrada com muito carinho e orgulho pelos araraquarenses: 4 de setembro de 1960. O expoente máximo do existencialismo, Jean-Paul Sartre, pronunciava uma conferência na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara, na rua São Bento, onde hoje funciona a Casa da Cultura. E o rei Pelé, expoente máximo do futebol, exibia-se na Fonte Luminosa, em jogo do Campeonato Paulista. Enquanto Sartre, aclamado mundialmente por sua filosofia de engajamento, respondia a uma questão previamente formulada por Fausto Castilho (professor de Filosofia da Faculdade de Araraquara), Pelé era ofuscado pelo futebol da Ferroviária, que estabelecia um placar indiscutível: 4 a 0 pra cima do Santos. Um dia glorioso para a cidade interiorana.



ONDE ENCONTRAR O LIVRO:


 "FERROVIÁRIA EM CAMPO - BREVIÁRIO GRENÁ"

AUTOR: Vicente Henrique Baroffaldi
ISBN - 978-85-7113-555-00
PÁGINAS: 310
EDITORA: PONTES


Fotos:
lf-renders.blogspot.com
puenteareo1.blogspot.com


Elaboração e edição: Vicente Henrique Baroffaldi e Paulo Luís Micali

2 comentários:

  1. Sartre e Pelé, nada a ver, tudo a ver: um e outro lidando com as paixões.
    Camus já disse que aprendeu mais sobre as paixões humanas numa arquibancada de futebol do que na academia

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  2. Além de assistir futebol nas arquibancadas, Camus foi goleiro e tentando defender as bolas dirigidas ao gol aprendeu muito sobre a vida. Escolheu essa posição por motivo econômico: no campo de futebol em que jogava na infância, cheio de pedregulhos, gastava menos que nas outras posições as solas do seu único par de sapatos.

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