Em entrevista feita por CARLOS ANDRÉ DE SOUZA, o jornal O IMPARCIAL dá grande destaque ao mais recente livro de Vicente Henrique Baroffaldi, FERROVÁRIA EM CAMPO - BREVIÁRIO GRENÁ.
1 - O que levou você a decidir
ampliar o livro 'Ferroviária em campo' com os dados presentes no 'Breviário
Grená'?
Baroffaldi -
Distribuímos gratuitamente 1.000 exemplares de Ferroviária em Campo, do final
de 2010 a abril de 2011. A partir de então, passamos a ser interpelados muitas
vezes sobre um novo livro da Ferroviária. Em vez de simplesmente atualizarmos
os dados, preferimos ampliar este segundo livro com novos aspectos
interessantes da vida da AFE, oferecendo muitas informações e curiosidades.
2 - Qual é o diferencial do novo
livro em relação ao original?
Baroffaldi - O
livro original, de 2010, atinha-se muito aos números das campanhas afeanas. O
de agora possibilita a leitura de muitos tópicos que abordam episódios pouco ou
quase nada difundidos no transcorrer dos 64 anos de vida da Ferroviária.
Adicionamos mais textos aos muitos números das partidas. Destaque para o
capítulo que nos causou maior prazer durante as pesquisas e a elaboração:
"Acontecências", constituído por 200 tópicos curtos que trazem muitas
curiosidades, enfeixados em 50 páginas que devem agradar a quem gosta de
conhecer os meandros do futebol, que extrapolam os 90 minutos de jogo.
3 - Você considera esse novo livro a
'obra definitiva' da Ferroviária ou seus arquivos permitem o lançamento de
outras publicações com enfoque na Locomotiva?
Baroffaldi - Há
outras facetas a serem apresentadas, mas acho importante separar novas obras, umas
das outras, para não saturar o leitor, entremeando trabalhos diversificados
sobre outros temas que não a Ferroviária de Araraquara
4 - De todos os tópicos por você
pesquisados e relatados, qual deles você considera o mais marcante
positivamente e qual deles foi o que mais te entristeceu?
Baroffaldi - O mais
marcante foi sentir que a grandeza da Ferroviária foi tão expressiva e
significativa que conquistou gerações, ainda hoje interferindo na opinião dos
esportistas em geral, que vêem na Ferroviária uma agremiação simpática e de
histórico único, pois foi ela a pioneira entre os clubes interioranos a
afrontar os grandes clubes. Quanto à maior tristeza, além do declínio do
futebol grená, é a constatação de que um enorme patrimônio foi inteiramente
perdido, transformando a AFE em um time de 11 camisas e à mercê da boa vontade
do poder público, de empresas que gerenciam o futebol e de clubes conveniados
que ostentam situação privilegiada e ditam as regras do acordo. Apesar de tudo,
a fé é inquebrantável no nome que segue impondo respeito: Ferroviária de
Araraquara.
5 - Você já possui uma média
superior a um livro por ano, um feito incrivelmente elogiável. O que a arte de
escrever significa para você? Já tem um novo projeto em mente?
Baroffaldi - Pra
mim, a arte de escrever significa a arte de viver. Eu me apego a essa prática
solitária como forma de apego à vida. Minha mãe dizia que eu demorei muito para
começar a falar.Parece que não me empolguei muito com a ideia. Escrever é a
maneira mais usual de eu me comunicar, guardando distância física do leitor. As
ideias são muitas, mas uma está se sobrepondo às demais por ingerência externa,
o que não havia acontecido até aqui. As decisões sempre foram minhas sobre o
que produzir. Agora, parece que uma primeira interferência de fora vem de
encontro a uma das minhas ideias e, nessa conformidade, pode vir a se tornar
realidade. Mas convém preservar, por enquanto, o sigilo.
6 - Estamos finalizando a campanha
na Copa Paulista e tanto a diretoria como o novo técnico já admitiram que
começaram a planejar 2015. O que você espera desse ano que está por vir? O que
está faltando para a Ferroviária atingir o objetivo da volta à elite?
Baroffaldi - Em
relação à Ferroviária atual aprendi a não esperar muito para não sofrer
decepção. Falta estrutura à nossa associação. Comungo com aqueles que valorizam
o investimento na base, e não só isso; é crucial que se defina de vez um local
para os preparativos das diversas categorias - base, profissional, feminino. A
Ferroviária tem sido um clube nômade, itinerante. E mais: não podemos continuar
reféns de convênios que nos tirem as revelações da base e que nos deixem
endividados. Quanto a Ferroviária deve ao Atlético paranaense? Alguém saberia
informar?
7 - Tem algum agradecimento a fazer?
Também gostaria que me passasse as informações sobre o livro (preço, onde
encontrar, etc.).
Baroffaldi - Sim.
Trata-se de um agradecimento obrigatório a Paulo Luís Micali, o moço de
Taquaritinga que encampou inteiramente a ideia de difusão do esporte e nos
auxilia em diversas frentes, facilitando o nosso trabalho e dando ao resultado
final uma mais elevada qualificação. Sua colaboração é inestimável.
Locais de venda:
"Ferroviária em Campo
- Breviário Grená"
Pontes Editores
310 páginas
Preço: R$ 30,00
Em Araraquara: LIVRARIA
VAMOS LER (rua São Bento, entre Duque e Espanha) e na BANCA CENTRAL (av. Duque de
Caxias, esquina com rua São Bento).
Para quem reside em outras cidades:
Pagamento via depósito bancário - Valor: R$ 35,00 (livro, R$ 30,00 + frete, R$
5,00) Pedidos através de: ferroviariaemcampo@gmail.com, e vicente.baroffaldi@gmail.com www.facebook.com/ferroviariaemcampo1