quinta-feira, 29 de maio de 2014

DOS CAMPEÕES DE 1956 e 1966 PARA OS ATLETAS EMPRESARIADOS DE HOJE



Em 1955/56, a Ferroviária foi campeã com 16 jogadores paulistas e apenas um de outro estado.

Em 1966, ela voltou a ser campeã, contando com 20 atletas paulistas e somente dois de outro estado.

Recentemente, no Campeonato Paulista da A2, a Ferroviária teve maior número de jogadores nascidos em outros estados: 16 contra 11 paulistas; além de um estrangeiro.

TORCEDOR, ajude-nos a analisar essa transformação. Dê a sua opinião a respeito desses novos tempos. Transmita o seu sentimento e faça a comparação entre o futebol do passado e o futebol do presente.

Quando a Ferroviária sagrou-se campeã da Segunda Divisão, em 1955/56, o seu elenco era formado por 16 jogadores paulistas e apenas um de outro estado (Pará). Dos paulistas, 10 eram do Interior do estado e 6, da capital. Era um grupo eminentemente paulista, resultado de um trabalho de esportistas que conheciam a fundo o futebol e trabalhavam como “olheiros”, detectando com esmero o surgimento de jovens bons de bola. Se o hinterland bandeirante mostrava-se forte e se impunha, não é menos verdade que a várzea paulistana propiciava a aparição de infindável número de jogadores qualificados.

Dez anos depois, a Ferroviária voltava a ser campeã da divisão inferior, agora com a nomenclatura de Primeira Divisão. E com uma campanha magnífica, retornava triunfalmente à Divisão Especial, contando, para tanto, com 20 jogadores paulistas e apenas dois de outro estado, o Rio de Janeiro. Daquela feita, acontecia uma esmagadora supremacia interiorana, com 18 atletas contra somente dois da capital paulista. Era mais notória a presença de jogadores do interior bandeirante, quase que absoluta no elenco afeano.


Vamos comparar com o elenco da Locomotiva no último certame da A2, neste 2014?

Vamos lá: A Ferroviária contou com 28 jogadores no há pouco encerrado Campeonato Paulista da Série A2. Deles, 11 são naturais do estado de São Paulo, todos do interior. 16 nasceram em outros estados e um veio de Lima, Peru. Portanto, predominância de atletas de outros estados, a mostrar flagrantemente que os tempos são outros.

Não há o propósito de espargir qualquer prurido de regionalismo ou bairrismo, apenas o de estabelecer uma comparação entre o futebol do passado e o do presente, tendo como referência a Ferroviária de Araraquara.

Muitos fatores contribuíram para que o futebol sofresse mudanças visíveis e que mostram ter vindo para ficar. Há uma absurda profissionalização a tornar o esporte das massas incompatível com os recursos dos clubes e pobre tecnicamente. O aprimoramento físico dos profissionais alia-se a um futebol esquemático, hermético, que policia e condena a improvisação. Vivemos a era da robotização no esporte. E do surgimento de tecnocratas no gerenciamento das agremiações e também de sociedades firmadas com o propósito de administrar o futebol, tentando extrair dele o máximo.

A lei Pelé abriu campo para o predomínio dos empresários. Os meios de transporte evoluíram – até mesmo neste país – e a deslocação dos atletas se faz do Oiapoque ao Chuí de maneira desabrida e constante.

As agremiações esportivas, legalmente estabelecidas, são usadas como experimentos para ver quem consegue ser o veículo mais rentável. Ora um clube se vê guindado à condição de forte e competitivo, ora outro ganha as benesses dos senhores do pebol.

No aspecto profissional, é assim mesmo. A empresa tem que ser superavitária, tem que dar lucro, tem que prosperar. Mas para o pobre do torcedor é um impacto desmedido, principalmente para quem vivenciou outros tempos... tempos de glamour, tempos de irreverência, tempos de romantismo, tempos de amor (sincero) à camisa do clube.

Positivamente, conseguiram acabar com tudo isso, e passaram a nos vender um produto sofisticado e ao mesmo tempo sem graça.

Seguimos, nós, saudosistas, acompanhando esse futebol mais televisivo que de corpo presente, mais por força do hábito do que por prazer. Mas é impossível evitar a sonolência e o cochilo... despertando, sobressaltados, com o pesadelo que se tornou real, muito real.



Local de nascimento de jogadores da Ferroviária




1955/56 (Campeã da Segunda Divisão)

Fia – Catanduva (SP)
Izan – Altamira (PA)
Ferraciolli – São Joaquim da Barra (SP)
Dirceu – São Paulo (SP)
Pixo – Batatais (SP)
Helcias – Araraquara (SP)
Itamar – Ribeirão Preto (SP)
Tiana – Araraquara (SP)
Paulinho – São Paulo (SP)
Cardoso – Descalvado (SP)
Gomes – São Paulo (SP)
Bazani – Mirassol (SP)
Boquita – Campinas (SP)
Marinho – São Paulo (SP)
Jarbinha – Araraquara (SP)
Jaime – São Paulo (SP)
Basílio – São Paulo (SP)



Ferroviária 1966 - Em pé, a partir da esquerda: Brandão, Belluomini, Bebeto, Fogueira, Rossi e Machado;  agachados: Passarinho, Maritaca, Téia, Bazani e Pio.


1966 (Campeã da Primeira Divisão)

Machado – São Paulo (SP)
Dado – Sorocaba (SP)
Getúlio – Matão (SP)
Belluomini – Amparo (SP)
Botão – Águas de São Pedro (SP)
Fernando – São Caetano do Sul (SP)
Brandão – Santa Bárbara D’Oeste (SP)
Fogueira – São José do Rio Preto (SP)
Joãozinho – Campos (RJ)
Rossi – São José do Rio Preto (SP)
Rodrigues – Fernandópolis (SP)
Paina – Araraquara (SP)
Bebeto – Campinas (SP)
Tião Macalé – Rio de Janeiro (RJ)
Adão – Nova Europa (SP)
Passarinho – Santos (SP)
Maritaca – Casa Branca (SP)
Dejair – Lins (SP)
Téia – Regente Feijó (SP)
Bazani – Mirassol (SP)
Pio – Araraquara (SP)
Mateus – São Paulo (SP)


Ferroviária - Elenco 2014

2014

Alexandre Cajuru – Ribeirão Preto (SP)
Everton – Valença (RJ)
Niander – Osasco (SP)
Matteus – Ubaitaba (BA)
Alcides – São José do Rio Preto (SP)
Sandoval – Marília (SP)
Rafael Goiano – Goiânia (GO)
Neguete – Belo Horizonte (MG)
Guilherme Batata – Uberaba (MG)
Roberto – Picos (PI)
Léo Carvalho – Imperatriz (MA)
Renan – Americana (SP)
Acleisson – Ribeirão Preto (SP)
Milton Júnior – Nova Andradina (MS)
Renatinho – Foz do Iguaçu (PR)
Thiago Silva – São Bernardo do Campo (SP)
Tiaguinho – Paudalho (PE)
Alan Mineiro – Três Corações (MG)
Kaká – Boa Esperança (MG)
Jônatas Obina – Sete Lagoas (MG)
Wilson Júnior – João Pessoa (PB)
Negueba – Ituiutaba (MG)
Miguel Curiel – Lima, Peru
Schumacher – Curitiba (PR)
Patrick – Osasco (SP)
Kaio Fernando – Araraquara (SP)
Alex – Araraquara (SP)
Gustavo Henrique – Igarapava (SP)



Fontes:

O Imparcial (jornal de Araraquara)
A Gazeta Esportiva
ferroviariasa.com.br (site oficial da Ferroviária)
futebolpaulista.com.br (site oficial da Federação Paulista de Futebol)
Acervo pessoal
Fotos: 1- o Imparcial; 2-  A Gazeta Esportiva; 3- Ferroviária em Campo


Pesquisa, elaboração e edição: Vicente Henrique Baroffaldi e Paulo Luís Micali

quarta-feira, 28 de maio de 2014

COPA DAS CONFEDERAÇÕES/FIFA (II)


(O que aconteceu até aqui, nas nove edições já realizadas)

A exemplo do que ocorre na Copa do Mundo, o Brasil é o maior vencedor da Copa das Confederações, cuja nona edição aconteceu em solo pátrio, no período de 15 a 30 de junho de 2013, com a finalidade de testar o país para a Copa do Mundo de 2014.

O Brasil é tetracampeão; a França, bi; Argentina, México e Dinamarca ganharam uma vez cada.


Os campeões:

1992 – Argentina

Seleção argentina, campeã da Copa das Confederações de 1992 / Crédito: Conmebol



1995 – Dinamarca


Dinamarca, campeã da Copa das Confederações 1995 / Crédito: Conmebol



1997 – Brasil

Brasil, campeão da Copa das Confederações de 1997 / Crédito: Conmebol



1999 – México

México, campeão da Copa das Confederações 1999 / Crédito: Conmebol


2001 – França

França, campeã da Copa das Confederações 2001 / Crédito: Conmebol



2003 – França

França, campeão da Copa das Confederações de 2003 / Crédito: Conmebol



2005 – Brasil

Brasil, campeão da Copa das Confederações de 2005 / Crédito: Conmebol



2009 – Brasil

Brasil, campeão da Copa das Confederações de 2009 / Crédito: Conmebol



2013 – Brasil

Brasil, campeão da Copa das Confederações de 2013- Gazeta Press



Os principais artilheiros, somadas as nove edições:


1º - Blanco (México) e Ronaldinho (Brasil), 9 gols

Blanco - latino.foxnews.com 

Ronaldinho - globoesporte.globo.com 

3º - Romário (Brasil) e Adriano (Brasil), 7

Romário - globoesporte.globo.com 

5º - Marzouq Al-Otaibi (Arábia Saudita), 6

Marzouq Al-Otaibi -  www.totalsoccer.0catch.com 

6º - Alex (Brasil), Luís Fabiano (Brasil),  Fred (Brasil), Fernando Torres (Espanha), John Aloisi (Austrália), Robert Pires (França) e Vladimir Smicer (República Tcheca), 5

John Aloisi - www.worldfootball.net 

Vladimir Smicer - www.studentpoint.cz 

Nota: Neymar é o artilheiro brasileiro que vem a seguir, com 4 gols.


As finais:


1992 – Argentina 3 x 0 Arábia Saudita

1995 – Dinamarca 2 x 0 Argentina

1997 – Brasil 6 x 0 Austrália

1999 – México 4 x 3 Brasil

2001 – França 1 x 0 Japão

2003 – França 1 x 0 Camarões

2005 – Brasil 4 x 1 Argentina

2009 – Brasil 3 x 2 Estados Unidos

2013 – Brasil 3 x 0 Espanha

Nota: Com 5 participações, o Brasil é o país que mais disputou finais.




Os países que sediaram:


1992 – Arábia Saudita

1995 – Arábia Saudita

1997 – Arábia Saudita

1999 – México

2001 – Coreia do Sul e Japão

2003 – França

2005 – Alemanha

2009 – África do Sul

2013 - Brasil



- O recordista de gols assinalados numa única edição da Copa das Confederações é Romário, que marcou sete gols em cinco jogos, em 1997.

- A maior goleada aconteceu em 2013, no Brasil, , quando a Espanha, campeã do mundo, estabeleceu 10 a 0 contra o Taiti.

- Na penúltima Copa das Confederações, em 2009, houve um jogo de muita dramaticidade. Brasil e Egito empatavam por 3 a 3 até os acréscimos, quando o árbitro, depois de assinalar um escanteio, voltou atrás e marcou pênalti para o Brasil, convertido por Kaká. Houve muita chiadeira por parte dos egípcios.

Kaká (golemgol.blogspot.com)
- A decisão de 2009 revestiu-se de muita emoção. O Brasil perdia de 2 a 0 para os Estados Unidos, ao término do primeiro tempo. Com dois gols de Luís Fabiano, os canarinhos chegaram ao empate, e somente nos últimos minutos viraram o placar, fazendo 3 a 2 graças ao gol do zagueiro e capitão Lúcio. Kaká foi eleito o melhor jogador do torneio.

- Na última edição, o Brasil sagrou-se tetracampeão da competição. O jogo final mostrou um campeão indiscutível, que impôs uma goleada aos atuais campeões do mundo, os espanhóis. O Brasil foi o vencedor das três últimas edições, estabelecendo uma hegemonia.


Fontes:

- Internet, com destaque para a Wikipédia

Pesquisa, edição e elaboração: Vicente Henrique Baroffaldi e Paulo Luís Micali

segunda-feira, 26 de maio de 2014

FERROVIÁRIA EM CAMPO EM 2014





O manto sagrado grená esteve exposto em campo em 51 oportunidades, nesta temporada de 2014, em diversas categorias. Em nenhuma delas o saldo é negativo.

No geral, a Locomotiva obteve 30 vitórias contra apenas 9 derrotas, empatando 12 vezes. Assinalou 139 gols contra 41 de seus adversários, livrando um estupendo saldo de 98 tentos.

É certo que quem alavanca extraordinariamente esses números é o time feminino, que vem encantando a todos com o seu futebol vistoso e altamente competitivo.

Mas ainda assim, se deixarmos de lado as Guerreiras Grenás, veremos que a base vem se dando bem em suas apresentações oficiais pelo certame bandeirante, e o time profissional, ainda que não alcançasse o seu objetivo primordial, de acesso à elite, acabou apresentando números razoáveis no Paulista da A2.


Todos os números da Ferroviária na temporada de 2014 (até 24 de maio)


Categoria/Competição...........
J
V
E
D
GP
GC
SG
Profissional/Camp. Pta./A2
19
7
5
7
26
18
8
Sub-15 – Campeonato Pta.
6
5
1
0
17
6
11
Sub-17 – Campeonato Pta.
6
4
2
0
15
6
9
Sub-20 – Campeonato Pta.
3
1
2
0
7
4
3
Feminino/Copa do Brasil
10
8
0
2
50
4
46
Feminino/Campeonato Pta.
7
5
2
0
24
3
21
TOTAL
51
30
12
9
139
41
98



Fonte:

Futebolpaulista.com.br (site oficial da Federação Paulista de Futebol)
Acervo pessoal


Pesquisa, elaboração e edição: Vicente Henrique Baroffaldi e Paulo Luís Micali