terça-feira, 30 de abril de 2013

BENFICA ILUSTRADO


Camisa do Benfica - Cortesia: J. C. Okumoto
Um dos mais tradicionais e queridos clubes de Araraquara – SPORTING BENFICA ARARAQUARA – marcou época no futebol amador, exibindo e revelando grandes jogadores e sagrando-se campeão em diversas ocasiões, como em 1970, 1972 e 1981, na Divisão Especial da Liga Araraquarense de Futebol.
Em 1972, o time-base era este: Tatalo; Rui, Hélio Primiano, Nardinho Cruz e Dorinha; Coca, Ivan Borghe e Dênis; Tatinho, Tite e Baiano. O técnico era o popular Pança.
Na última das conquistas do Amadorzão, pouco antes de licenciar-se da LAF e não mais participar das competições oficiais, o Águia do Carmo decidiu o título com o grande rival da Vila Xavier, Palmeiras Esporte Clube, em 1981, e estabeleceu um placar clássico – 3 a 0 – gols marcados por Jorge (2) e Luiz Roberto. O time campeão: Laerte; Edmilson, Marcos, Paulo e Demá; Júlio Cézar e Rui Júlio (Vilela); Luiz Roberto, Jorge, Juninho e Zé Paulo (Picin). Técnico vencedor: Cana (Arnaldo Araújo Zocco).
Nas categorias de base, igualmente, o tricolor de cores vermelha, verde e branca levantou importantes títulos, como o tricampeonato de juvenis em 1977/78/79. Elenco benfiquense no ano do tri (1979): Fernando Jabá, Carlinhos, Marcos Pachiega, Pedrão, Zé Leomar, Luizinho, Pinguim, Calzinho, Zé Roberto, Marinho Rã, Biro-Biro, Nenê, Luiz, Valtinho, Ozias e Esquerdinha. Lineu Carlos de Assis tinha o comando técnico da equipe.
O atual presidente da Ferroviária, Doutor Welson Alves Ferreira Júnior (Juninho), também defendeu o tricolor carmense, exibindo um futebol voluntarioso e técnico, bem estiloso, atuando pelo meio de campo. Família de futebolistas, como se nota, já que seu filho, Guilherme Alves, empenhou-se em defesa da gloriosa jaqueta grená da Locomotiva de Araraquara.
Esportistas de renome presidiram o Sporting Benfica, como Alberto Nicodemo Senapeschi e Álvaro Fleury Fina.
Mais do que falar sobre o Benfica, preferimos fazer visualizar alguns dos grandes times montados pelo tricolor, aqui mostrados graças ao acervo do Museu do Futebol e Esportes de Araraquara, numa gentileza de Gustavo Ferreira Luiz. A edição (primorosa como sempre) da matéria é de Paulo Luís Micali.
Torcedores e simpatizantes do Benfica podem nos ajudar, identificando os nomes dos atletas benfiquenses que aparecem nas diversas fotos. Quem se habilita?  Vamos lá, amigos!

 


 

 
 
 
 
 

 
 
 
Fontes: Internet e Arquivo pessoal
Fotos: Museu do Futebol e Esportes de Araraquara (dos times) e J.C.Okumoto (da camisa)
 Edição: Paulo Luís Micali
Pesquisa e texto: Vicente Henrique Baroffaldi

segunda-feira, 29 de abril de 2013

TERCEIRA VITÓRIA DESTACADA DO SUB-17 DA FERROVIÁRIA E PRIMEIRA DERROTA DO SUB-15



 
 

 
TERCEIRA VITÓRIA DESTACADA DO SUB-17 DA FERROVIÁRIA

O time Sub-17 da Ferroviária conseguiu sua terceira vitória no Campeonato Paulista da categoria, ao jogar sábado último em Limeira, no estádio Comendador Agostinho Prada, contra o Independente.
Resultado indiscutível de 3 a 0, gols marcados por Bruno Alves, aos 13 minutos, Gustavo, aos 20 minutos e Leonardo, aos 31 minutos, todos no segundo tempo.
Com arbitragem de Luciano Rodrigo Lealdini, as equipes apresentaram-se assim:
Independente de Limeira – Vítor, Simonsen, Marcos, Gabriel Ribeiro, Jonathan, Leonardo, Gilcimar, Gabriel Corbanezi, Rafael (Davi), Rodrigo (Lucas) e Hans Krauss (Clayton). Técnico: Gilcimar Wilson Francisco
Ferroviária – Bruno, Denilson, Luan Henrique, João Victor, Augusto, Leonardo, Carlos, Fabrício (Gustavo Cândido), Jhonatan (Flávio), Gustavo e Bruno Alves (Matheus). Técnico: Edmilson Feliciano
Agora, os garotos do sub-17 somam três vitórias e um empate, mantendo-se invictos no certame paulista. A próxima apresentação acontecerá sábado, às 10h45, na Arena Fonte Luminosa, contra a Internacional de Limeira.
 
O SUB-15 CONHECEU A PRIMEIRA DERROTA

Após estabelecer 2 a 0, o time sub-15 da AFE acabou sofrendo a virada, perdendo a invencibilidade sábado passado, em Limeira, contra o Independente, no estádio Comendador Agostinho Prada.
O encontro foi dirigido por Marcelo Fabiano Mingoranci.
Lucas Siqueira, aos 12’, e João Pedro, aos 15’, fizeram 2 a 0 para os grenás. Viraram o marcador para o Independente: João Paulo, aos 27’, Élber, aos 30’ e Pedro Henrique, aos 39’, todos no primeiro tempo. Placar final: 3 a 2.
Valdomiro D. Batista, técnico do time de Limeira, mandou a campo: Lucas, Wander (Matheus Batista), P)edro Henrique, Bruno Silva, Gustavo, Matheus Henrique (Gabriel), Luiz Guilherme, Matheus Moraes, Bruno Marques, João Paulo e Élber (Roberto).
José Carlos Rosa, treinador da Ferrinha, contou com: Guilherme Belinelli, Leonardo Pereira, André Luiz (Wesley), Caio Cândido, Leonardo, Vinícius Martins, Matheus Henrique, Lucas Siqueira, P)edro (Cláudio Júnior), Rodneu e João Pedro (Luís Guilherme).
A campanha do sub-15 registra dois empates, uma vitória e uma derrota.
No próximo sábado, às 9 horas, na Arena Fonte Luminosa, o sub-15 da Ferroviária recebe a Internacional de Limeira.


Fonte:
futebolpaulista.com.br  (site oficial da Federação Paulista de Futebol)

Edição: Paulo Luís Micali
 Texto: Vicente Henrique Baroffaldi

sexta-feira, 26 de abril de 2013

FECHANDO O GOL - 26 de abril, dia do GOLEIRO


 
FECHANDO O GOL
Hoje, 26 de abril, comemora-se o dia do goleiro, quase sempre responsabilizado por derrotas e quase nunca destacado como artífice de vitórias. Vamos falar, agora, dos arqueiros que defenderam a meta afeana ao longo da história do clube de Araraquara.

 
Um rápido levantamento feito nos arquivos de FERROVIÁRIA EM CAMPO resultou em uma listagem que totaliza 72 goleiros, defensores  da meta da Locomotiva de 1951 a 2013, já contabilizando a participação da AFE no certame paulista deste ano, Série A2.
Apresentamos, neste trabalho, os nomes de guerra desses 72 arqueiros, bem como os anos em que defenderam a jaqueta número um grená.
TINO – 1951
SANDRO – 1951 a 1953
JULIÃO – 1951 e 1952
ALDO – 1952 e 1953
FÁBIO – 1953
FERRO – 1953 e 1954
FIA – 1954 a 1961 (foi o segundo em permanência na Ferrinha: oito anos de competência e disciplina, tendo recebido, merecidamente, o Belfort Duarte, privilégio que coube a pouquíssimos atletas; da Ferroviária, somente ele e o ponteiro esquerdo Nei tiveram essa primazia)
Fia
BASÍLIO – 1954 a 1957
EDSON – 1955 e 1956
ROSAN – 1957 a 1960 (tido por muitos como o melhor goleiro da Ferroviária em todos os tempos, realizou um Campeonato Paulista perfeito, em 1959, despertando o interesse de inúmeros clubes e sendo contratado pelo Palmeiras)
Rosan
BACAN – 1960
APARECIDO – 1961 a 1965
TONINHO – 1961 a 1965
DORIVAL – 1964 e 1965
NAVARRO – 1965
MACHADO – 1966 a 1969 (subiu com a Ferrinha em 66 e sagrou-se Tricampeão do Interior, nos três anos subsequentes)
DADO – 1966 e 1967
CARLOS ALBERTO – 1967 a 1971 (teve uma morte trágica, por afogamento, no rio Mogi Guaçu, consternando a população de Araraquara, ele que vinha tendo uma trajetória brilhante no arco grená)
C. Alberto
MAISENA – 1969
GETÚLIO – 1970 e 1971
SÉRGIO BERGANTIN – 1970 a 1977 e 1979 a 1980 (o campeão de permanência na Ferroviária; foram 10 anos de dedicação ao clube; outro magnífico exemplo de profissional)
Sérgio Bergantin
LULA – 1972 a 1975
WALDIR – 1974
JOÃO LUÍS – 1976
VALDIR VALENTE – 1976
ARANHA – 1978 e 1981 a 1982
TIÃO (da Galera) – 1978 a 1981
LUÍS FERNANDO – 1981 a 1984
ABELHA – 1982 e 1983 (revelado no futebol amador de Araraquara, Abelha destacou-se pela competência e também pelo exemplo como profissional. Defendeu a Ferrinha na Taça de Ouro)
Abelha
VALTER DIB – 1983
ÉBER – 1984
PAULO CÉSAR – 1984
WASHINGTON – 1985 a 1988
RODOLFO – 1985 e 1986
NARCISO – 1985 a 1991 (o terceiro em permanência na AFE, um exemplo de profissional)
Narciso
PAVÃO – 1988
EDSON – 1989
ROBERTÃO – 1989
ÊNIO – 1990
RUY SCARPINO – 1991 A 1993
SERGINHO – 1992
WLAMIR – 1992
AÍRTON – 1993
RONALDO – 1993
ROBERTO – 1993 e 1994
RAFAEL – 1993 e 1994
PAULO SÉRGIO – 1993 a 1996
PALMIERI – 1995
TIÃO – 1995 e 1996
TUTI – 1996 a 2000
SÉRGIO – 1997
MILTON – 1998 a 2003
WILSON – 2000
WAGNER – 2001 e 2002
EDIVALDO – 2001
LUIZ HENRIQUE – 2002 e 2004 a 2005
CLÁUDIO BOÉR – 2002
CLAUDINEI – 2003
LUCAS CERQUEIRA – 2003
DIEGO – 2004 a 2006
MÁRCIO – 2004 a 2006
TUTI – 2006 a 2008
GUILHERME – 2006 a 2009
CRISTIANO – 2007
ÉDER – 2007 a 2009
MARCÃO – 2009
ROBERTO – 2010
BRUNO PRANDI – 2010 e 2012 a 2013
EDUARDO – 2010 e 2011
LUCIANO – 2011
DOUGLAS – 2011
EVERTON – 2011 a 2013 
Everton

Percebe-se, por essa relação, que vai longe o tempo em que os jogadores permaneciam durante anos no mesmo clube. Nota-se que a partir de uma certa época, as migrações dos atletas passaram a ser uma constante. Muito raramente algum profissional fica na mesma agremiação por vários anos. Entre os goleiros, diga-se, há que se enaltecer as exceções honrosas representadas por Marcão (recentemente aposentado, depois de uma carreira toda ela em defesa do Verdão de Parque Antarctica) e Rogério Ceni, o ídolo maior da história do tricolor do Morumbi, que vem quebrando todos os recordes possíveis e imagináveis para um guardião, principalmente o de artilharia, sendo o goleiro número um do mundo em gols marcados.
Na Ferroviária de Araraquara, tivemos vários goleiros de permanência longa, destacando-se nesse particular: Sérgio Luiz Bergantin, Fia e Narciso.

Fontes:

Arquivo Pessoal

Fotos:
Que fim levou? Milton Neves
ferroviáriasa.com.br;
photoshopindesign.blogspot.com (Ilustração)

Edição: Paulo Luís Micali

Pesquisa e elaboração: Vicente Henrique Baroffaldi


 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

MEMÓRIAS DE WILSON LUIZ

 
 


WILSON SILVEIRA LUIZ lança o seu “EU VI”, um manifesto emocionado relacionado a tudo que presenciou relativamente à Associação Ferroviária Esportes, a começar pelo primeiro jogo da história da agremiação ferroviária (ele estava lá), passando pelos principais fatos que marcaram sua brilhante trajetória.
Emocionado, Wilson Luiz relata momentos de relevância, mais vertidos para a alegria do que para o amargor do insucesso.
Aos 75 anos de idade, o homem de rádio tem muitas histórias para contar. Narrador esportivo das emissoras Cultura e Morada do Sol, Wilson aposentou-se em 1985, mas não parou, imprimindo ritmo elogiável às suas diversas atividades, ainda hoje sustentadas, menos a de narrador. Ele participa regularmente do programa Esporte & Lazer, dirigido por Odair Peta e apresentado aos sábados, das 13 às 17 horas, na rádio Morada do Sol. Escreve para algumas publicações especializadas em esportes e, mais ainda, exerce funções na FUNDESPORT.
Equipe do Programa Esporte & Lazer
Vale a pena reproduzir aqui, num espaço dedicado grandemente à Ferroviária, a síntese das memórias do radialista, extraídas de seu blog (denominado WILSON SILVEIRA LUIZ), em texto datado de 13 de abril de 2013.
WSL é memória viva e testemunha ocular dos “percursos” da Locomotiva, e suas palavras merecem ser apreciadas com muita atenção.
Vamos a elas!
 
EU VI TAMBÉM...
Dia 12 de abril de 2013.  A Ferroviária completou 63 anos.
Acompanhei com carinho muito especial, o programa BALANÇO GERAL, da Rádio Cultura, com os Campeões da Bola.
 
O legendário Alberto Lemos (101 anos), muito bem entrevistado pelo Dr. Luís Marcelo Inaco Cirino, contou tudo sobre a fundação da AFE, construção do Estádio, primeiros jogos, etc.
Em cada "causo" contado eu dizia pra minha esposa Cidinha:  “Eu vi também...Eu estava lá.”
E assim foi durante todo o programa.
Sobre a fundação da AFE, eu me recordo que o meu saudoso pai Onofre trabalhava na ferrraria da oficina da EFA, ao lado de João Maria Belline, pai do Wagner.
O pessoal da estrada tinha um time que jogava num campo de terra, no finalzinho da Rua Zero, onde está hoje o Hospital São Paulo.
 
O jovem engenheiro Antônio Tavares Pereira Lima, nascido em Guaranésia-Minas Gerais, havia chegado, transferido de São José do Rio Preto (Lá na Capital da Araraquarense, Pereira já havia manifestado a sua vocação para atuar no esporte. Tinha fundado o América FC)
 
Aqui em Araraquara, coordenou a criação de um Clube que seria para recreação do pessoal ferroviário.
 
Meu pai gostava de caçar passarinhos. E no local onde hoje está a Arena da Fonte, havia muito pintassilgo, coleirinha, sabiá, bicudo, canário da terra, azulão, pássaro preto e até patativa com bico de louça. E na parte mais baixa ,mais perto do rio, tinha muita codorna. E por incrível coincidência, tinha muito avinhado (também chamado de curió). 
Eu vi
No jogo inaugural, realizado dia 13 de maio de 1951, no então Estádio Municipal Dr. Siqueira Campos (hoje pertencente ao Clube Araraquarense), a AFE ganhou do E. C. Mogiana, de Campinas, por 3 a 1. O Fordinho marcou o 1º gol da história grená. A carteirinha de filho de sócios ainda não estava pronta. Numa mesinha colocada no portão principal, estava Oswaldo Vicente Ferreira, reconhecendo os filhos de sócios. Eu entrei acompanhado de meu pai e assisti o jogão. Eu tinha 14 anos.
 
Em 10 de junho de 1951, assisti o jogão Vasco da Gama 5 x 0Ferroviária, com arbitragem de Alberto da Gama Malcher, um "astro" do apito internacional. 
Eu vi
A decisão de 1953, numa chuvosa manhã de domingo no Pacaembu, quando o goleiro Inocêncio fechou tudo e o Américo Murolo fez três para o Linense e acabou com o sonho do acesso, eu tinha 16 anos e assisti esse jogo a lado do meu tio Eugênio, que morava em Jundiaí. Chorei muito. 
Eu vi
Em 1955, AFE 15 x Velo Clube Rioclarense 1, na Fonte, quando o Cardoso marcou 7 gols.
(A Gazeta Esportiva destacou o fato como sendo recorde mundial no futebol profissional com um atleta marcando 7 gols. E essa marca permaneceu por muitos anos.) 
Eu vi
Em 1956, quando a AFE ganhou do Botafogo por 6 a 3, na Fonte, e subiu pela primeira vez para o Grupo de Elite. Que festa! 
Correspondente da AFE
Em 1957, servindo ao Exército Brasileiro, no Quartel do 2º Batalhão de Caçadores, em São Vicente, fui nomeado representante da AFE, pelo Presidente Dr. Eugênio.
Terminei meu tempo de Exército e mudei para São Carlos, onde residia minha família.
Ali na Cidade Sorriso, também fui representante da Ferroviária. Comecei a trabalhar na Rádio Progresso conduzido pelo meu amigo Antônio Walter Frujuelle.
Sempre que possível, vinha para Araraquara para transmitir jogos da AFE no Paulistão.
E pela Progresso transmitia de vez em quando algum grande clássico.
Na entrevista do Bazani, apresentada no dia 12/abril/2013, pela Cultura, o "Rabi" falou de uma vitória do Santos sobre o Corinthians no Pacaembu, por 7 a 4. Bazani anotou o quarto gol corinthiano. Eu vi, porque narrei o jogo pela Rádio Progresso.
Em 1966, Aldo Comito e toda a Diretoria afeana, promoveram nas antigas instalações de campo do Cube Araraquarense, uma reunião histórica. Eu fui convidado, apesar de residir em São Carlos, na condição de representante grená.
Naquele dia eu senti que a volta já estava desenhada. Apesar de estar distante, acompanhei com interesse incomum a campanha grená que culminou com aquele histórico gol de Maritaca, contra o XV de Piracicaba, no Pacaembu. (A narração impecável, pela Cultura, foi de Antônio Carlos Araújo, um dos melhores locutores esportivos de todos os tempos) 
 
W. Luiz - Presidente da Liga Bochófila de Araraquara
Voltei
No final de 1966 estava eu de volta a Araraquara, onde assumi a Direção da Equipe de Esportes, da Rádio A Voz da Araraquarense. Que alegria poder acompanhar de perto e como Narrador Esportivo, a minha gloriosa Ferroviária. E daí até a minha aposentadoria em 1985, foi mais alegria que dissabor.
 
O Tricampeonato do Interior - 1967, 1968 e 1969; a excursão por gramados das três Américas em 1968. (Eu estava lá, feliz da vida. Quanta saudade!. A Taça dos Invictos; Torneio Incentivo. Campeonato Brasileiro (fiquei arrepiado quando no programa da Cultura, o Zé Roberto reprisou um gol narrado por mim no Maracanã. Gol de Claudinho (de Brotas)... onde tive a complementação do inesquecível repórter Wagner Bellini (o 3 em 1). Que emoção !
 
Gente, aqui o espaço é muito pequeno para descrever tudo que eu vi na vida da AFE.
 
Prometo voltar com novos episódios. Por enquanto, obrigado, principalmente ao José Roberto Fernandes, pela demonstração de profissionalismo. Ele que é hoje o "arauto" do futebol grená.  E que em 2015, o Zé possa voltar a transmitir jogos da Ferroviária na Divisão de Elite.
 
Aproveito para cumprimentar o Tetê Viviani, que mantém no site  ww.ferroviariadeararaquara.com.br, relatos constantes dos maravilhosos capítulos da história da nossa FERROVIÁRIA.
 
Voltarei mais vezes.
 
Wilson Silveira Luiz
 
 
FONTE: Wilson Silveira Luiz (BLOG)
 
 
 

 

terça-feira, 23 de abril de 2013

AÍLTON – ATACANTE AFEANO DOS BONS TEMPOS


Ailton Na Ferroviária
 No início da melhor década de toda a sua história, a Associação Ferroviária de Esportes teve, entre tantos outros, um atacante que andou fazendo seus gols e participando de acontecimentos importantes, como a segunda excursão da equipe ao exterior, em 1963. Aílton, o seu nome, veio do São Paulo Futebol Clube em 1962 e aqui permaneceu até o ano subsequente.
Ailton na Ferroviária
No tricolor, onde foi levado pelo técnico Caxambu, Aílton jogou 28 vezes e marcou 11 gols, isso de 1960 a 62. Teve o privilégio de jogar ao lado de Canhoteiro.

São Paulo 1961 - Em pé: Dario, Poy, Geraldo, Delue, Luis Valente, Benê e o mordomo Serrone. Agachados: Faustino, Baiano, Gino, Canhoteiro e Ailton.

Após deixar o tricolor, Aílton defendeu a Ferroviária, o Paulista de Jundiaí, o São Paulo de Londrina e o Saad (de São Caetano), onde encerrou a carreira em 1967 em virtude de uma contusão no joelho.

Ailton e ex-jogadores - Da esquerda para a direita: o goleiro Zuza, Toni, Daniel e Ailton

Na Ferrinha, o atacante teve a oportunidade de atuar ao lado de grandes jogadores como Bazani, Dudu, Galhardo, Rodrigues, Parada, Beni, Peixinho, Geraldo Scalera, Tales, Capitão... 
Natural de Santo André, onde sempre residiu, Francisco Aílton Dias nasceu em 26 de janeiro de 1942 e faleceu no hospital Mário Covas, em 23 de junho de 2008, vítima de câncer de próstata.
 
Na sequência, são apresentadas as súmulas de algumas partidas realizadas por Aílton em defesa das cores grenás de Araraquara. 

Jogo: A.A. Campinense (GO) 1 x 6 Ferroviária
Data: 31 de maio de 1962, quinta-feira
Local: Goiânia (GO)
Finalidade: Amistoso Interestadual
Gols AFE: Beni, Bazani, Parada, Aílton, Melão e Mateus
Gol Campinense: Beto
Campinense: China (Cléber); Sérgio, Beto, Zeca (Tobias) e Dorinho; Saulo (Elton) e Gibrail; Everton (Ciro), Odílio (Messias), Valter Cicles e Agostinho
AFE: Toninho (Aparecido); Galhardo, Percy, Rodrigues e Zé Maria; Dudu (Adão) e Bazani; Laerte (Mateus), Aurélio (Aílton), Parada (Melão) e Beni
Observações: A um minuto de jogo, o goleiro Toninho sofreu um chute na boca e foi afastado da partida.  Aparecido defendeu um pênalti cobrado por Beto.
 

Ferroviária de Araraquara , anos 60 -  Em pé: o técnico Francisco Sarno, Geraldo Scalera, Dudu, Aparecido, Zé Maria, Rodrigues e Antoninho. Agachados: Tião Nego, Cido, Ailton Lataria, Bazani e Tales.
Jogo: Atlético Goianiense 1 x 3 Ferroviária
Data: 3 de junho de 1962, domingo
Local: Goiânia (GO)
Finalidade: Amistoso Interestadual
Árbitro: Cândido de Oliveira (Liga Goianiense de Futebol)
Renda: Superior a Cr$ 300.000,00
Expulsão: Bazani (AFE)
Gols AFE: Bazani, Aílton e Beni
Gol Atlético: Cabelo
Atlético Goianiense: Bela Vista; Licinho, Paulinho, Cantinho e Alemão; Luizinho (Cabelo) e Zezinho (Hamilton); Epitácio (Eurípedes), Luizinho II, Fabinho e Canhoto (Amaral). Técnico: Pixo (ex-grená)
AFE: Aparecido; Galhardo, Antoninho e Zé Maria (Percy); Dudu e Rodrigues; Mateus (Tião), Aurélio (Aílton), Parada (Melão), Bazani e Beni
 
 Jogo: Ferroviária 3 x 0 XV de Piracicaba
Data: 10 de outubro de 1962, quarta-feira (noite)
Local: Fonte Luminosa, em Araraquara (SP)
Finalidade: Campeonato Paulista/2º turno
Árbitro: Manoel Joaquim Ramos
Renda: Cr$ 110.400,00
Gols: Dudu, Beni e Bazani
AFE: Aparecido; Geraldo Scalera, Antoninho e Zé Maria; Dudu e Rodrigues; Davi, Aílton, Tião, Bazani e Beni. Técnico: Djalma Bonini (Picolim)
XV: Orlando; Orlando Maia, Ditão e Dema; Biguá e Dorival; Osvaldinho, Maneca, Ubiraci, Fernando Sátiro e Valdir
 
Jogo: Ferroviária 1 x 1 Santos
Data: 25 de novembro de 1962, domingo (tarde)
Local: Fonte Luminosa, em Araraquara (SP)
Finalidade: Campeonato Paulista/2º turno
Árbitro: Aírton Vieira de Morais
Expulsão: Coutinho
Renda: Cr$ 2.489.300,00
Gol AFE: Geraldo Scalera
Gol Santos: Zito
AFE: Toninho; Geraldo Scalera, Antoninho e Zé Maria; Dudu e Rodrigues; Peixinho, Davi, Tião, Bazani e Aílton
Santos: Gilmar (Laércio); Ismael, Mauro e Zé Carlos; Zito e Calvet; Dorval, Lima, Coutinho, Pelé e Pepe 
 
Jogo: Deportivo Barranca (COL) 0 x 7 Ferroviária
Data: 12 de fevereiro de 1963, terça-feira
Local: Barrancabermeja (Colômbia)
Finalidade: Amistoso Internacional
Gols: Bazani (2), Aílton (2), Capitão, Cido e Tião Nego
AFE: Toninho (Aparecido); Geraldo Scalera (Galhardo), Antoninho (Mário) e Zé Maria (Hélio); Dudu (Mário) (Capitão) e Rodrigues (Brandão); Tião Nego, Cido, Capitão (Aílton), Bazani (Dudu) (Capitão) e Tales. Técnico: Francisco Sarno 

Jogo: Ferroviária 1 x 3 Guarani
Data: 23 de junho de 1963, domingo
Local: Fonte Luminosa, em Araraquara (SP)
Finalidade: Campeonato Paulista/1º turno
Árbitro: Benedito Francisco
Renda: Cr$ 305.500,00
Gol AFE: Aílton, 20’/2º
Gols Guarani: Jurandir, 7’, Osvaldo, 10’ e Américo, 33’ do 1º
AFE: Toninho, Zé Maria, Fogueira e Galhardo; Fernando Sátiro e Rodrigues; Peixinho, Aílton, Tales, Capitão e Souza
Guarani: Dimas; Osvaldo Cunha, Ditinho e Diogo; Ilton e Eraldo; Jurandir, Amauri, Américo, Tião Macalé e Osvaldo.  

Ferroviária anos 60 - Em pé: Aparecido, Fogueira, Dudu, Galhardo, Beluomini e Geraldo Scalera. Agachados: Peixinho, Tales, Tião Nego, Capitão e Ailton.
 
Jogo: Juventus 0 x 1 Ferroviária
Data: 30 de junho de 1963, domingo
Local: Rua Javari, em São Paulo (SP)
Finalidade: Campeonato Paulista/1º turno
Árbitro: Romualdo Arppi Filho
Renda: Cr$ 527.000,00
Gol: Peixinho, 40’/2º
Juventus: Claudinei; Diógenes, Milton e Valter;  Sidney e Clóvis; Célio, Quarenta, Luizinho, Jair Francisco e Gélson. Técnico: Sílvio Pirilo
AFE: Toninho; Geraldo, Fogueira e Galhardo; Dudu e Mário; Peixinho, Aílton, Tales, Capitão e Souza. Técnico: Floreal Garro 

Jogo: Ferroviária 0 x 1 São Paulo
Data: 7 de julho de 1963, domingo
Local: Fonte Luminosa, em Araraquara (SP)
Finalidade: Campeonato Paulista/1º turno
Árbitro: Albino Zanferrari
Renda: Cr$ 1.450.000,00
Gol: Benê, 11’/2º
AFE: Toninho; Geraldo Scalera, Fogueira e Galhardo; Dudu e Mário; Peixinho, Lio, Tales, Capitão e Aílton. Técnico: Floreal Garro
São Paulo: Suly; Deleu, Jurandir e Riberto; Leal e Roberto Dias; Cecílio Martinez, Benê, Baiano, Osvaldinho e Canhoteiro. Técnico: Osvaldo Brandão 

Jogo: Palmeiras 3 x 1 Ferroviária
Data: 24 de julho de 1963, quarta-feira (noite)
Local: Pacaembu, em são Paulo (SP)
Finalidade: Campeonato Paulista/1º turno
Árbitro: Eunápio de Queirós
Expulsão: Dudu (AFE), nos primeiros minutos do segundo período
Renda: Cr$ 2.407.700,00
Gol AFE: Tales, 41’/2º
Gols Palmeiras: Servílio (2) e Tupãzinho
Palmeiras: Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias e Vicente; Zequinha e Tarciso; Gildo, Servílio, Paulo Leão, Tupãzinho e Nilo
AFE: Toninho; Geraldo Scalera, Fogueira e Galhardo; Dudu e Mário; Peixinho, Tales, Lio, Capitão e Aílton. Técnico: Floreal Garro


Fontes:

- Que fim levou?  (Milton Neves)
- Almanaque do São Paulo, Alexandre da Costa, Abril/2005
- Tópicos do Passado da AFE, Antônio Jorge Moreira (Museu do Futebol e Esportes de Araraquara)
- O Caminho da Bola, Rubens Ribeiro/FPF
- Arquivo pessoal
- Fotos: Que fim Levou - Milton Neves ( UOL)
- Edição: Paulo Luís Micali
- Pesquisa e elaboração: Vicente Henrique Baroffaldi